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sexta-feira, 14 fevereiro , 2025

500 mil vítimas | 500 mil assassinatos

O Brasil atingiu nesse fim de semana uma triste marca: 500 mil mortes. Esse portal convida seus leitores a reflexão sobre esse número.

Se o Presidente Franklin Delano Roosevelt estivesse vivo no sábado último (19), com certeza, repetiria sua conhecida frase: “Um dia que você viverá na infâmia”.

O Brasil atingiu nesse fim de semana uma triste marca: 500 mil mortes. Esse portal convida seus leitores a uma pausa na leitura e a reflexão sobre esse número.

Diferentemente do que ironiza o Ministro das Comunicações, Fábio Faria, esses cifra infelizmente fala mais alto do que as 86 milhões de doses aplicadas. Quantos brasileiros não prefeririam comemorar vacinas ao invés de lamentar mortos?

Será que Sua Excelência não percebe o quão desumana e descabida é sua tentativa desesperada de maquiar os números da pandemia? Será que Sua Excelência e seu Chefe são tão desprovidos de qualquer empatia a ponto de ironizar as parcas já que são 25 milhões de pessoas imunizadas e não 86 milhões imunizadas como tentou transparecer o ministro – apurado pela Folha de São Paulo?

Apesar da retórica aqui exposta, é notório o escárnio do Governo encabeçado por Jair Bolsonaro pelas vítimas, esquecendo-se que não são “apenas CPFs” mas pessoas: pais, mães, filhos, avôs e avós, que deixam, cada qual, saudades e tristezas em um mar de luto.

E um dos fatos que geram maior dor e inconformidade é saber que tudo isso poderia ter sido evitado. As revelações trazida pela CPI da Covid no Senado tem evidenciado a responsabilidade do Governo brasileiro pela crise, principalmente por ter ignorado as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e por ter dado ouvidos à alas ideológicas compostas de verdadeiros canalhas, analfabetos políticos e científicos, inimigos na nação, cujos delírios comunistas levaram a decisões que ceifaram meio milhão de vidas brasileiras. O bem-estar de cada cidadão nunca foi pautado.

É importante escrever muito claramente: governo agiu, sim, de maneira genocida e negligente.

Seja pelas atitudes do Presidente da República, seja pela atuação pífia dos fantoches ministeriais, como Fábio Faria, os quais ironizam mortes, ignoram dados, propagam mentiras como se verdades fossem e que colaboram com um gabinete que tem um único objetivo: a morte.

Esse Gabinete da Morte, encabeçado por Bolsonaro, não consegue — e não quer — explicar, sem usar palavras de baixo calão, por quê o governo insiste em minimizar as medidas de distanciamento social; por quê defende um remédio sem eficácia comprovada; e por quê rejeitou as ofertas de vacina, principalmente as da Pfizer, laboratório de renome, que mostraram sua eficácia e se encontravam pela metade do preço. Faltam explicações, sobram palavrões.

É triste perceber que, se o real cuidado tivesse sido tomado, as medidas de isolamento poderiam estar mais brandas. Mais triste é perceber que poderíamos estar comemorando doses aplicadas ao invés de lamentar 500 mil vidas perdidas — é o desejo da maior parte do Brasil, Sr. Ministro.

A verdade é que o Brasil está, de fato, cansado de fome, desemprego, falta de acesso à educação, desgoverno e da falta de saúde. Todos sentem falta do “normal” e não do novo normal. Cansado de um vírus invisível, cansado da falta de vacina, cansado de perder vidas. Cansado de acordar todos os dias com a vida em risco porque nem mesmo a caixa de e-mails do Planalto está sendo checada.

Quantas vida mais, Sr. Ministro, quantas mais? Quantas vidas será necessárias para que aperceba do erro que é Bolsonaro? Quais números serão necessários para que seu governo caia? Quantas mais será precisas para que os partidos percebam que Bolsonaro é o inimigo em comum? Quantas mais serão perdidas?

São números e sofrimentos demais para um presidente tão pequeno.

desgovernadosopodcast

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